Segue abaixo uma viva descrição do sofrimento e da crucificação de Cristo, escrita pelo médico C. Truman Davis.
O chicote que os soldados
romanos usaram sobre Jesus tinha pequenas bolas de ferro e pedaços afiados de
ossos de carneiro amarrados nele. Jesus é despido, e suas mãos são presas em um
tronco vertical. Suas costas, nádegas e pernas são chicoteadas por um soldado
ou por dois em posições alternadas. Os soldados insultam sua vítima. Conforme
atingem repetidamente as costas de Jesus com toda a força, as bolas de ferro
causam contusões graves, e os ossos de carneiro cortam a pele e os tecidos. À medida que o açoitamento continua, as lacerações
atingem os músculos esqueléticos por baixo da pele e produzem tiras de carne
ensangüentada. A dor e a perda de sangue antecipam o choque circulatório.
Quando é percebido, pelo
centurião encarregado, que Jesus está prestes a morrer, a tortura é finalmente
interrompida. O Jesus quase desmaiado é então solto e cai no piso de pedra, que
está molhado com seu próprio sangue. Os soldados romanos vêem muita graça na
afirmação desse judeu provinciano que afirma ser ele um rei. Jogam uma túnica
sobre seus ombros e colocam uma vara em sua mão, como se fosse um cetro. Ele
precisa de uma coroa para fazer sua imitação ser completa. Um pequeno feixe de
galhos flexíveis cobertos de espinhos é montado no formato de uma coroa e é
pressionado em seu escalpo. Mais uma vez, acontece um grande sangramento (o
escalpo é uma das áreas mais vascularizadas do corpo). Depois de zombar dele e
de atingi-lo na face, os soldados tiram a vara de sua mão e batem com ela na
cabeça de Jesus, fazendo os espinhos penetrarem ainda mais na pele.
Finalmente, quando já estão
cansados de seu esporte sádico, o manto é retirado de suas costas. Ele já se
grudou às roupas ensangüentadas e ao soro das feridas, e sua remoção — do mesmo
modo que a remoção descuidada de uma bandagem cirúrgica — provoca uma dor excruciante,
quase como se estivesse sendo chicoteado de novo. As feridas começam a sangrar
mais uma vez. Em deferência ao costume judaico, os romanos devolvem suas
roupas. A pesada viga horizontal da cruz é presa aos seus ombros, e a procissão
do Cristo condenado, dos dois ladrões e dos responsáveis pela execução
prossegue pela Via Dolorosa. Apesar de seus esforços para caminhar ereto, o
peso da pesada travessa de madeira, juntamente com o choque produzido pela
enorme perda de sangue, é muito para ele. Ele tropeça e cai. A madeira rústica
da travessa provoca um tipo de entalhe na pele lacerada e nos músculos dos
ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos foram exigidos além do
que podem suportar. O centurião, ansioso para prosseguir com a crucificação,
escolhe um observador robusto do norte da África, chamado Simão de Cirene, para
carregar a cruz. Jesus o segue, ainda sangrando e suando o suor frio e pegajoso
do choque.
A jornada de cerca de 600 metros entre a
fortaleza de Antônia e o Gólgota é finalmente completada. As roupas de Jesus
são mais uma vez tiradas, restando-lhe uma tira nos quadris, permitida aos
judeus. A crucificação começa. Uma espécie de analgésico leve — uma mistura de
vinho com mirra — é oferecida a Jesus. Ele se recusa a bebê-la. Simão recebe a
ordem de colocar a travessa da cruz no chão, e Jesus é rapidamente jogado de
costas, tendo os ombros contra a madeira. O legionário procura a depressão na
parte anterior do pulso. Ele introduz um prego de ferro pesado e quadrado por
entre o pulso, pregando-o profundamente na madeira. Rapidamente, ele vai para o
outro lado e repete a ação, sendo cuidadoso para não deixar os braços muito
apertados, mas permitindo alguma flexibilidade e movimento. A travessa vertical
é então erguida, e o título "Jesus de Nazaré, rei dos judeus" é
pregado na parte superior.
Jesus, a vítima, está agora
crucificado. Conforme ele verga lentamente para baixo com mais peso sobre os
pregos nos pulsos, uma terrível e excruciante dor é sentida nos dedos, passando
pelos braços e vindo explodir no cérebro — os pregos nos pulsos estão fazendo
pressão nos nervos medianos. Conforme tenta se empurrar para cima a fim de
evitar o prolongamento desse tormento, ele coloca todo o seu peso nos pregos
que seguram seus pés. Mais uma vez, é sentida uma profunda agonia por causa dos
pregos cortando os nervos entre os metatarsos em seus pés. Nesse momento,
acontece outro fenômeno. Conforme os braços se fatigam, grandes ondas de
cãibras passam pelos músculos, provocando uma profunda e contínua dor
latejante. Juntamente com essas cãibras, vem a incapacidade de se empurrar para
cima. Pendurado pelos braços, os músculos peitorais são paralisados, e os
músculos intercostais não conseguem funcionar. O ar consegue entrar nos
pulmões, mas não consegue ser expelido. Jesus para para se levantar a fim de
poder ter um curto período de respiração. Desse modo, o dióxido de carbono
diminui em seus pulmões e na corrente sanguínea, e as cãibras diminuem
parcialmente. De maneira espasmódica, ele é capaz de se empurrar para cima para
exalar e inalar o oxigênio que lhe pode prolongar a vida. É sem dúvida durante
esses períodos que ele profere as sete frases curtas que estão registradas.
É nesse momento que tem início
as horas de dor ilimitada, ciclos de cãibras e torções, a asfixia parcial, a
dor abrasadora à medida que os tecidos são rasgados em suas costas dilaceradas
conforme ele se move para cima e para baixo contra a viga bruta da cruz. Então,
começa outra agonia. Uma dor profunda e esmagadora no peito à medida que o
pericárdio lentamente se enche de soro e começa a comprimir o coração. Está
quase no fim — a perda de fluidos nos tecidos alcançou um nível crítico; o
coração comprimido está lutando para bombear sangue grosso, pesado e vagaroso
nos tecidos; os pulmões torturados estão fazendo um esforço frenético para
arfar pequenas golfadas de ar. Os tecidos notadamente desidratados enviam um
dilúvio de estímulos ao cérebro. Sua missão de expiação se completou.
Finalmente, ele pode permitir que seu corpo morra. Com um último surto de
força, ele mais uma vez pressiona seus pés pregados contra os cravos, fortalece
suas pernas, respira fundo e profere seu sétimo e último clamor:
"Pai, nas tuas mãos
entrego o meu espírito".
Jesus passou por tudo isso
para que você e eu pudéssemos ser reconciliados com ele, para que você e eu
pudéssemos ser salvos de nossos pecados quando declaramos Pai, nas tuas mãos
entrego a minha vida.
Texto extraído do livro: Não tenho fé
suficiente para ser ateu
autores: Norman Geisler &
Frank Turek
Somente um amor Divino, para sofrer tudo isso por nós. Gloria ao Senhor.
ResponderExcluirEste é o verdadeiro amor de Deus!
ResponderExcluirE através deste sofrimento que tevemos a oportunidade de ter a salvação e o grande AMOR de DEUS.
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